Prevenção de micose nas unhas
Tradicionalmente
a maioria dos trabalhos, principalmente norte-americanos indicam que as micoses
nas unhas são causadas por três grupos principais de fungos e que os idosos,
diabéticos ou portadores de problemas vasculares estariam mais expostos ao
problema. Contudo ao analisar o problema mais de perto, verificamos que é mais
complexo do que parece.
Você
sabia que portadores de micoses nas unhas das mãos pode servir de hospedeiro de
bactérias hospitalares? Isto pode ocorrer porque bactérias presentes no trato
intestinal podem colonizar a unha doente e ser transferida para crianças de
berçários, por exemplo. Manipuladores de alimentos também podem transmitir
parasitoses intestinais.
Estes
são apenas um dos aspectos da importância da onicomicose na nossa vida. Manter
a higiene das unhas com escovação diária, mantendo-as rentes são recomendações
corriqueiras e necessárias, mas o que dizer sobre a remoção periódica das
cutículas? As cutículas servem de isolante, para facilitar podemos comparar com
a vedação da pia do banheiro ou da cozinha que quando está rarefeita, facilita
a proliferação de fungos (o mofo). Nos seres humanos a falta deste isolamento
favorece a multiplicação tanto de fungos como de bactérias.
Mesmo
com o alicate para remover as cutículas esterilizado e todos os acessórios
descartáveis, a realidade é que estamos removendo a proteção das unhas em prol
de um gosto estético, que é um hábito em nosso país mas que não é reproduzido
nas sociedades mais desenvolvidas.
Unhas
fragilizadas pelo uso de unhas postiças (ou similares) também podem ser
contaminadas pelos fungos presentes em animais domésticos, como cachorros e
gatos e produzir infecções de difícil tratamento devido ao contato diário com o
hospedeiro do fungo. Além disto, o nosso clima úmido e quente em boa parte do
país favorece a multiplicação de diversas espécies de fungos que podem estar
presente no piso de vestiários de clubes e academias.
O
tratamento envolve o uso de medicamentos tópicos, sistêmicos, e até laser por
um período que pode ultrapassar um ano.
A
prevenção poder ser feita evitando a remoção das cutículas, usando esmalte
individual (não compartilhado), andando calçado e respeitando os hábitos de
higiene das unhas. Um cuidado muito especial deve ser dispensado ao pés dos
portadores de diabetes, inclusive ao cortar as unhas para evitar que pequenos
ferimentos se transformem em grandes problemas.
Fonte:
1
- Cassettari VC, SilveiraIR, Balsamo
AC, Franco F
Infecção
hospitalar, klebsiella, epidemiologia. J Pediatr (Rio J). 2006;82(4):313-6:
2-
Silva JO et al.Enteroparasitoses e onicomicoses em manipuladores de
alimentos.Rev Bras Epidemiol 2005; 8(4):385-92
3
– Rocha RM, Zanetti ML, Santos MA. Comportamento e conhecimento: fundamentos
para prevenção do pé diabetic
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